segunda-feira, 16 de agosto de 2010

descendo a rua

Outro dia descendo a rua, uma qualquer, não era aquela da lembrança que iria ter, era apenas uma rua, na qual eu queria te encontra... mas apenas me encontrei com a lembrança daquele dia que fui te ver, e você descendo a rua da sua casa, me viu e veio correndo da minha direção, quase nem ligamos pro semáforo, paramos por pouco, dos lados opostos da calçada, e assim que vi uma brecha entre um carro e outro, eu corri e você me abraçou, eu te levantei e você me apertou mais,dizendo um daqueles apelidos que tinhamos criado nas conversar mais bobas do mundo, eu fechei os olhos, por alívio de te ver de novo.
Não era a primeira vez que a memória vinha a minha cabeça, apenas estranhei, pois costumava sentir aquele abraço, só de imaginar, mas ali naquele momento, foi como algo antes nunca vivido, foi distante, foi uma lembrança triste, de gente que sonha em ter algo que nunca parece voltar.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Voar

Um leve passo para trás, era tudo que ela precisava
Ela tentou se soltar
entre uma risada e outra, ela não se controlava
Tinha a sensação de poder voar
voar e não voltar mais
"Que diferença faz?"

Toda noite, com coisas boas, ela sonha
que tudo é paz, tudo é feliz
Mas ela vê realidade e em prantos enxarca a fronha
se perguntando "O que eu fiz?"

Voar seria muito mais interessante
Lá não vai ter diferença entre sonho ou realidade
"farei isso! Será emocionante"
Se inclinou para trás com ar de grandiosidade
Sorriso no rosto estampado
O coração saltava-lhe acelerado
Olhou para trás, e deparou-se com aquele antigo rosto
"Diga-me por que me deu tanto desgosto?"
Ecoou em sua mente, e trilha sonora tocou
Como uma marcha funebre, do que lhes conto agora que não acabou.


Uma mão pegou em seu braço e a puxou rapidamente
"Você demora demais para atravessar, temos que ir!"
A vontade de voar sumira da sua mente
Alguém havia lhe tirado aqueles pensamentos rapidamente

sábado, 23 de janeiro de 2010

Estava um clima quente, ou frio, ela não sentia. Estava em outra dimensão
emergida num copo, querendo esquecer sua vida.
A atmosfera era de pura distração,mas ela não se destraia
quantos a olhavam ou não, não importava
Houve um único olhar que parou a noite dela.
Num espelho, ela viu aquele vulto, ele abriu a porta e ela sorriu quando o viu
Ele perguntou seu nome, ela o disse, ele se apresentou
Ficaram quietos, ela o desejava, e ele também, a olhava com olhos semi cerrados
Ela passou em sua frente, mergulhando naquele olhar
Podia tê-lo, mas apenas sorriu, e continuou seu caminho.
A chamaram de tola, mas para ela aquilo foi único.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Num mar de mentiras, eu me encontrava
Bebia de sua água, para preencher o que faltava
eu me envenenei
Não percebi, e por mais um pouco daquele mar eu tomei
Cambaleei, mas me segurei para assim me erguer
mas pouco a pouco eu caia, sem perceber
Foi quando uma enorme onda veio
e acabou com meu desvaneio

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Palavras

São elas que me fazem mal, se elas não existissem, e dissessemos tudo a partir de um olhar de um sorriso? Esses são sinceros, não tem como menti-los
São palavras, que as vezes eu quero, e não saem
se saem, não são da maneira que eu queria, com a intensidade desejada, saem retorcidas.
São rascunhos do coração, que a mente tem mania de tentar corrigir, e acaba fazendo pior.
São elas que eu quero muitas vezes ouvir, pra me trazer algo bom, mas não chegam
se chegam, já é tarde demais, ou se não, mal percebo o sentido que deviam ter.


São palavras, nas quais procuro uma razão de uma ação
nas quais eu procuro uma razão de sorrir, ou de chorar

domingo, 13 de dezembro de 2009

Ela estava em sua torre inalcançável
Linda, esbanjava poder absoluto, no que em sua mente chamava de reino
Mas poder acaba rápido, e o dela mal começara, por não ter súditos
Ainda sim ela se sentava com classe, falava como se discurssasse para todo um país
andava com elegância tremenda.
Porém quem lhe rodiava, ria por seu tamanho fiasco
na festa em que não fora ninguém.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Entende? eu tambem não entendo

Continuarei não entendendo, eu sei.
Me faço de forte, também disso não sei a razão
È uma armadura fraca, pois dentro de mim, só há desmoronamentos
dia após dia, as vezes meu coração, as vezes minha esperança.
Vejo o dia em breve em que tudo desaparecerá.
Pois desmoronam, e após se reconstroem com um simples sorriso, o seu.
Te vejo e sinto um grande aperto no peito,
Céus, e como dói!
Me doem palavras, gestos, olhares.

Me perguntava antes, como um sentimento atingia um órgão, o chamado coração.
Hoje sei a resposta, entretanto vejo que não queria sabê-lo não.